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A Angústia na Psicanálise: Entre o Desejo e a Falta

A angústia é uma experiência humana fundamental, frequentemente associada a estados de ansiedade, incerteza e sofrimento psíquico. No entanto, para a psicanálise, a angústia não é apenas um sintoma a ser eliminado, mas um fenômeno que revela algo essencial sobre o sujeito e sua relação com o desejo. Desde Freud até Lacan, a angústia foi estudada como um sinal importante do inconsciente e uma chave para a compreensão da subjetividade.

A Angústia em Freud: Um Sinal do Psiquismo

Sigmund Freud dedicou-se ao estudo da angústia ao longo de sua obra, identificando diferentes aspectos desse fenômeno:

  • Angústia realista: Relacionada a perigos externos e reais, como uma resposta adaptativa do sujeito ao meio.
  • Angústia neurótica: Originada de conflitos internos, especialmente aqueles ligados ao desejo inconsciente e à repressão.
  • Angústia como sinal: Freud compreendeu a angústia como um aviso do psiquismo, sinalizando o retorno do recalcado e a iminência de algo insuportável para o Ego.

Assim, para Freud, a angústia não é apenas um problema a ser resolvido, mas um indício importante da dinâmica psíquica do sujeito.

A Angústia em Lacan: O Que Falta na Falta

Jacques Lacan trouxe uma nova perspectiva para a angústia, diferenciando-a da ansiedade e vinculando-a à estrutura do desejo e à falta. Algumas de suas principais contribuições incluem:

  • A angústia não mente: Enquanto outros afetos podem ser enganosos, a angústia revela uma verdade subjetiva inquestionável.
  • Falta de falta: A angústia surge não apenas da ausência de algo, mas quando há um excesso, um encontro com o real que o sujeito não pode simbolizar.
  • O desejo do Outro: A angústia também se manifesta quando o sujeito se depara com a incerteza do desejo do Outro, sem saber qual posição ocupar.

Para Lacan, a angústia tem um valor estrutural, pois revela aquilo que escapa à simbolização e ao domínio do sujeito sobre sua própria existência.

A Angústia na Clínica Psicanalítica

No setting analítico, a angústia aparece de diversas formas e deve ser manejada com cuidado. Alguns aspectos importantes do trabalho clínico com a angústia incluem:

  • Escuta e acolhimento: O analista deve permitir que a angústia se apresente, sem buscar eliminá-la imediatamente.
  • Investigação do desejo: A angústia pode indicar um impasse na relação do sujeito com o desejo, exigindo um trabalho de elaboração.
  • Intervenções estratégicas: O analista pode ajudar o sujeito a nomear e simbolizar sua experiência, dando novos sentidos ao que antes parecia insuportável.

A angústia, na psicanálise, é mais do que um mero sofrimento psíquico; é um fenômeno estruturante da subjetividade. Seja como um sinal do inconsciente em Freud ou como um encontro com o real em Lacan, a angústia revela questões fundamentais do desejo e da falta. No percurso analítico, aprender a escutar e interpretar a angústia pode levar a uma maior compreensão de si e a novas formas de lidar com o desejo e o Outro.

Meu nome é Natália Cardoso Ribeiro CRP/ 0918094, graduada em Psicologia pela UNIP Goiás. Pós Graduada em Psicanálise Freudiana pelo IMP. Especialista em Psicanálise Lacaniana pelo IMP.

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Meu nome é Natália Cardoso Ribeiro CRP/ 0918094, graduada em Psicologia pela UNIP Goiás. Pós Graduada em Psicanálise Freudiana pelo IMP. Especialista em Psicanálise Lacaniana pelo IMP.

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